segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Meu parentesco com Grandes Militares Brasileiros: Duque de Caxias


Parentesco com o Duque de Caxias:

Genealogia carioca do Duque de Caxias e do Duque de Loulé


Toussaint Grugel, natural do Havre, França c.c. Domingas de Arão do Amaral, casal quinhentista carioca e com duas das filhas com interesse na presente análise :

1Messia de Arão

2Antonia do Amaral


1.1.1 Francisco Nunes do Amaral c.c. (RJ 1697) Romana Pais de Macedo
1.1.1.1 Maria Rosa do Amaral c.c. (RJ 1724) Mateus Jorge da Costa
1.1.1.1.1 - Ana Joaquina da Costa c.c. (RJ 1757)Capitão Manuel da Fonseca Costa
1.1.1.1.1.1 Joana Maria da Fonseca Costa c.c (RJ 1785) Marechal José Joaquim de Lima e Silva
1.1.1.1.1.1.1 Brigadeiro Francisco de Lima e Silva c.c (RJ 1801) Mariana Candida de Oliveira Belo
1.1.1.1.1.1.2 José Joaquim de Lima e Silva, Visconde de Magé
1.1.1.1.1.1.1.1 Luis Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias. Pai da Baronesa de Ururaí e da Baronesa de Santa Mônica
1.1.1.1.1.1.1.2 José Joaquim, Conde de Tocantins c.c. A2.2.1Maria Balbina, filha do Marquês da Gávea (abaixo descrito). Pai da Viscondessa de Vargem Alegre
1.1.1.1.1.1.1.3 Manoel da Fonseca de Lima e Silva, Barão de Suruí
1.1.1.1.1.2 Manuel Antonio da Fonseca Costa c.c. Maria Balbina da Costa Barros
1.1.1.1.1.2.1 Manuel Antonio da Fonseca Costa, Marquês da Gávea c.c. Maria Amália de Souza Corte Real
1.1.1.1.1.2.1.1 Maria Balbina, Condessa de Tocantins c.c. José Joaquim, Conde de Tocantins (acima)
1.1.1.1.1.2.1.2 José de Souza da Fonseca Costa, Visconde da Penha c.c. Maria da Penha (prima, abaixo)


1.1.2 Helena do Amaral c.c. Capitão Baltazar da Fonseca Homem
1.1.2.1Rosa Maria Gurgel c.c. Antonio Francisco Pereira
1.1.2.1.1Ana Joaquina Gurgel do Amaral c.c. (RJ 1772) Capitão José da Costa Barros(meus 6° avós RCO), filho do Sargento-Mor Alexandre da Costa e de Catarina Viana de Freitas e neto materno de Salvador Viana da Rocha e de Antonia Correia do Amaral (abaixo descritos)1.1.2.1.1.1Maria Balbina da Costa Barros c.c Manuel Antonio da Fonseca Costa (acima descritos)

1.1.2.1.2 Antonia Francisca Gurgel do Amaral c.c. (RJ 1770) José Manuel Carneiro de Figueiredo Sarmento
1.1.2.1.2.1Maria da Encarnação Carneiro de Figueiredo Sarmento c.c. Caetano Pinto de Miranda Montenegro, Marquês de Vila Real da Praia Grande
1.1.2.1.2.1.1Caetano Pinto de Miranda Monenegro, Visconde de Vila Real da Praia Grande c.c. Maria Elisa Gurgel A. e Rocha, filha de Maria Violante da Gama e Freitas e de Luís José Viana Gurgel do Amaral e Rocha (abaixo descritos)
1.1.2.1.2.1.1.1Maria da Penha, Viscondessa da Penha c.c. 1.1.1.1.1.2.1.2José de Souza da Fonseca Costa, Visconde da Penha (acima descrito)

2Antonia do Amaral (filha de Toussaint Grugel e de Domingas de Arão do Amaral) c.c. João de Azevedo Roxas, natural de Monte Alegre
2.1Maria do Amaral (batizada em 7/3/1622 RJ) c.c. Ten Cel Felix Correia de Castro Pinto Bragança, nat de Loulé, Algarve
2.1.1 Antonia Correia do Amaral c.c. (RJ 1702) Ten Cel Salvador Viana da Rocha ( meus 8° avós RCO)
2.1.1.1Maria Viana do Amaral c.c. José de Sousa Guimarães
2.1.1.2Domingos Viana de Castro c.c. 2.2.1.1Inácia do Amaral
2.1.1.1.1Ana Maria da Sousa Gurgel do Amaral c.c. Luís Pereira de Sousa
2.1.1.1.1.1Maria Luísa de Sousa Caldas c.c. José Dias Pinto
2.1.1.1.1.1.1Ana Adelaide de Sousa Dias c.c. Domingos Viana Gurgel do Amaral e Rocha (segue abaixo)
2.1.1.1.1.1.1Ana Adelaide de Sousa Dias c.c (2ªnpcs) João Maria da Gama e Freitas Berquó, 1º Marquês de Cantagalo
2.1.1.1.1.1.1.1José Maria da Gama Dias Berquó c.c. Maria Domingas de Meneses (Viana, com geração Marqueses de Viana, Gama Berquó

2.1.2 Maria Antonia do Amaral c.c. André de Sousa e Cunha
2.1.2.1Inácia do Amaral c.c. 2.1.1.2Domingos Viana de Castro, filho de 2.1.1
2.1.2.1.1Ana Maria Inácia Gurgel do Amaral c.c. Pedro Antonio da Gama e Freitas
2.1.2.1.1.1Maria Violante da Gama e Freitas c.c. Luís José Viana Gurgel do Amaral e Rocha, filho de 2.1.1.2 e de 2.2.1.1
2.1.2.1.1.1.1Domingos Viana Gurgel do Amaral e Rocha c.c. Ana Adelaide de Sousa Dias (prima acima)
2.1.2.1.1.1.1.1João Bernardo Viana Dias Berquó c.c. Jeronima Maria de Figueiredo Cabral da Câmara (Belmonte)
2.1.2.1.1.1.1.1.1João Maria dos Enfermos da Câmara Berquó c.c. Ana de Jesus Maria de Mendonça (Loulé)
2.1.2.1.1.1.1.1.1.1Constança Maria da Conceição Berquó de Mendonça, 11ª Condessa de Vale-de-Reis c.c. José Pedro Basto Feio Folque, c.g. Duques de Loulé


Fontes : Rheingantz, Genealogia Carioca e Primeiras Famílias do Rio de Janeiro e Nuno Canas Mendes, Do Brasil para Portugal : Itinerários genealógicos de Dois Ramos da Família Amaral Gurgel.

Ricardo Costa de Oliveira

domingo, 30 de novembro de 2008

Trajetória de 1000 anos do nosso Estado

1 – Quem primeiro trouxe a idéia de Estado próprio no extremo ocidente da Península Ibérica foram os Alanos e depois os Suevos. Como os Alanos eram mais iranianos, indo-europeus e orientais, eles provavelmente trouxeram pela primeira vez a idéia de REX para a Lusitânia e Galécia.

2 – Os Visigodos da Meseta (que será Castelhana) exterminam o Estado do Noroeste da Península Ibérica, cuja capital era Braga.

3 – Invasão Árabe, Berbere e criação dos Mouros Ibéricos

4 – Reconstrução Estatal com a Reconquista.

5 – Autonomia e formação do Estado Português no meio das guerras contra os Almorávidas e Almoádas. O Estado surge como resultante da pressão de violentas guerras entre os Cristãos e os Muçulmanos. Uma pequena “tribo” cristã entre o Minho e o Douro consegue sobreviver lutando contra Mouros, Galegos e Castelhanos porque tem muita fibra e espírito de luta. Matar ou morrer.

6 – Ampliação do território do Estado Português ao Sul até o Algarve.

7 – Guerra conduzida para a África do Norte. Ceuta, Tanger, praças do Marrocos

8 – Concomitantemente começam as descobertas marítimas da Madeira e dos Açores

9 – Périplo do Atlântico e da África. Chegada no Índico e na Índia. Armadas Estatais da Coroa.

10 – Descoberta do litoral brasileiro.

11 – Guerras do litoral contra os normandos e franceses pelo controle do litoral brasileiro. O peso do Estado Português organizado, centralizado e militarizado faz diferença e derrota os franceses.

12 – Formação da sociedade brasileira no encontro do Homem Português com a mulher Tupi. Formação e estruturação das cerca de 500 Famílias Históricas do Brasil no período entre o século XVI e o século XVIII. A história das gentes descritas nas genealogias tradicionais brasileiras da Bahia, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e de todas as capitanias brasileiras. Os Fundadores e Primeiros Povoadores do Brasil. A gente que conquista , a metade da América do Sul sozinha, com o apoio de índios e negros aliados e organiza as bases iniciais de um “Monster Country” !

13 – Guerras contra franceses, ingleses, holandeses e castelhanos em todos os pontos do território brasileiro. Guerras contra os ameríndios e africanos quilombolas, todos sem exceção devidamente derrotados, exterminados e assimilados pela sociedade brasileira. Bandeirantes, senhores de engenho, entradistas e sertanejos conquistam a Amazônia, o Sul do Brasil, o Mato Grosso e outras regiões, em impressionante e memorável gesta histórica.

14 – Maturidade e reconhecimento com a vinda do centro decisório do Estado com A Família Real e D. João em 1808.

15 – Ratificação do status quo do Rio de Janeiro como capital com D. Pedro.

16 – Visitas armadas na Banda Oriental da Cisplatina e na Guiana Francesa, se não anexamos esses dois espaços pelo menos arrancamos boa parte dos territórios no Rio Oiapoque e no Rio Uruguai deles.

17 – Constituição de 1824. Sempre fomos generosos e universalistas. Se adotássemos o jus sanguinis só poderia ser cidadão brasileiro quem aqui estivesse e tivesse cidadania até a Independência. Todos os outros imigrantes europeus, africanos, ameríndios entrando na sociedade política brasileira seriam considerados como trabalhadores convidados e/ou visitantes no Brasil. Sempre defendemos o jus solis no Brasil. Sempre tivemos o conceito de amálgama, caldeamento e integração pela persuasão ou pela força.

18 – Estado Imperial. Manutenção da unidade política América Portuguesa. Guerras contra balaios no MA, cabanos no PA, farrapos no RS, malês islâmicos na BA em 1835, liberais de 1842 em SP e MG, Guerras contra caudilhos no Uruguai (Oribe), na Argentina (Rosas) e no Paraguai (Solano Lopez)

19 – República e avanços na Amazônia, no Acre e definição das fronteiras do Brasil. Extermínio dos camponeses rebeldes de Canudos e do Contestado.

20 – Estado Nacional-Desenvolvimentista após o Movimento de 1930 com Getúlio Vargas. Segunda Guerra Mundial. Campanha da Nacionalização no Sul do Brasil.

21- Democracia e desenvolvimentismo com o paradigma de JK nos anos 50.

22 – Segunda fase do Estado Nacional-Desenvolvimentista no Regime Militar de 1964-1982

23 – Estado Social-Democrata após a Constituição de 1988. Ampliação da cidadania e redução das desigualdades em ritmo lento, mas constante.

24 - O Estado do Brasil é apontado como uma das potências mundiais para o século XXI e com gráfico ascendente em termos de aumento de poder e de capacidade econômica e militar no mundo. O National Intelligence Council acredita que no futuro os Estados Unidos continuarão sendo o país mais poderoso do mundo, apesar de perder parte da sua influência para países como China, Índia, Brasil e Irã. Global Trends 2025

25 - Uma pesquisa listou 100 empresas mais competitivas entre os emergentes. O Brasil é o terceiro em número, atrás da China e India, com Vale, Petrobras, Embraer, Gerdau, Votorantim, Braskem, Sadia, Perdigão, Natura, Coteminas, WEG, JBS-Friboi (carne) e Marcopolo. Brasil líder em energia biocombustível renovável.

26 – “Capitão Nascimento” como o arquétipo do nosso Homem. Gente como Nascimento lutou contra os almorávidas no Alentejo, contra os castelhanos em Aljubarrota, contra os normandos e tupinambás no Rio de Janeiro, contra os holandeses em Pernambuco, contra os platinos no Rio Uruguai, contra os paraguaios em Tuiuti, contra os nazistas em Monte Castelo e segue lutando contra os inimigos da grei nos morros do Rio de Janeiro !

A Cruz de Cristo na Simbologia Brasileira




Sede da Ordem dos Templários no Castelo de Tomar, Portugal. Convento de Cristo





São Paulo




São Francisco do Sul


Brasão Municipal de Paranaguá









Marco em Curitiba





O Culto de Nossa Senhora da Luz representa uma primeira identidade religiosa associada aos bandeirantes povoadores e fundadores de Curitiba. O culto à Nossa Senhora da Luz era um culto promovido em Carnide, Lisboa e divulgado por religiosos vinculados à Ordem de Cristo, no Mosteiro de Alcobaça. Defendiam um discurso político da excepcionalidade e originalidade do Império português, mesmo sob dominação filipina. No Sul do Brasil ainda persistem outros rituais bastante antigos e arcaicos, como as festas do Divino e as cavalhadas de Guarapuava, memórias de um passado ibérico. Um dos mais antigos marcos em Curitiba apresenta a Cruz de Cristo em pedra, localizado atualmente na Praça Tiradentes. A Cruz de Cristo é importante símbolo no imaginário municipal do Brasil.


Segue a forma do símbolo da Cruz de Cristo no brasão da Seleção Brasileira de Futebol

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Dos primeiros reis alanos na Lusitânia




Bernardo de Braga escreveu um interessante manuscrito histórico referente à antiguidade do Reino de Portugal: BERNARDO de Braga, O.S.B. ?-1605, Tratado sobre a precedencia do Reino de Portugal ao Reino de Napoles / composto por Frei Bernardo de Braga, copiado por Albano Antero da Silveira Pinto. - Porto : Typ. da Revista, 1843. - 54 p. ; 19 cm. - Copiado de um manuscrito autentico existente na Torre do Tombo O autor narra a existência original de uma nova entidade e categoria política, pela primeira vez criada no oeste da península Ibérica, com a entrada dos Alanos e Suevos a formar as bases de novos reinos pós-romanos ("como estes reinos tiveram princípio nos Alanos e Suevos"). Pela primeira vez o título de rei era empregado na Península Ibérica: Rapantianus Lusitania rex, Rapantianus é transcrito em diferentes grafias como Resplandiano ou Respendial. Este chefe alano conduziu a imigração e invasão alana do Império Romano, desde a travessia do Reno, em 406, até a Lusitânia, em 409. Este primeiro rei alano foi sucedido por Ataces (também escrito como Atax, Attaces), Ataces Lusitanae rex. Com o manuscrito de Bernardo de Braga e com Frei Bernardo de Brito surgiu o relato do conflito entre o rei alano da Lusitânia Ataces, contra o rei suevo da Galécia, Hermerico, ao norte. O acordo de paz foi a mão da princesa Cidasunda, ou Cindasunda, filha do último, oferecida como casamento em uma aliança entre Ataces e Hermerico. Tanto Bernardo de Braga como Bernardo de Brito, o autor de Monarquia Lusitana, descrevem a nova simbologia unindo neste casamento o leão vermelho alano e o dragão verde suevo, em suas bandeiras e estandartes. A bandeira é bem anterior àquela proposta para a bandeira sueva, "bandera sueva" informada pela "Junta del Reino en 1669 por la Catedral de Lugo" ! Frei Bernardo de Braga antecipou-se aos galegos do norte em mais de 150 anos ! O brasão de Coimbra simbolizava a aliança entre os dois reis. Ataces morreria depois em batalha contra os visigodos, próximo a Mérida, em 419. Tal como Dom Sebastião, o reino perderia o seu rei em batalha, tanto em 419 como em 1578. As fontes documentais alegadas foram documentos manuscritos escritos pelo Bispo Aldeberto, manuscritos presentes no Mosteiro de Alcobaça e no Mosteiro de Carquere sobre o Douro. Portugalia regnum partim ex Lusitania partim ex Galacia constat, parte deste reino de Portugal consta da Lusitania, parte da Galiza. Braga tornaria-se a capital do reino suevo depois da morte de Ataces. Quais os elementos de lenda, mito ou realidade histórica presentes na narrativa ? Curiosamente os atuais ramos remanescentes de grupos considerados "alanos" da Ossétia, no Cáucaso, ainda possuem como símbolo a figura do leão ! O mesmo símbolo descrito por Frei Bernardo de Braga e por Frei Bernardo de Brito ! Logo, havia certa base na realidade histórica ! Parte das antigas genealogias e linhagens informam Mendo Alão (ou Mendo Alam), senhor de Bragança, como procedendo dos reis alanos e tendo uma mulher filha de um rei da Armênia (História de Portugal Restaurado, Luis de Menezes Ericeira) . Há várias versões de rapto e violência, mas a dimensão mítica da lenda aponta para a Armênia, região próxima da origem caucasiana dos alanos. Além das lendas os alanos podem ser a origem de uma assinatura genética de uma linhagem rara encontrada na população portuguesa. Trata-se do marcador genético do cromossomo Y DNA M365+, encontrado exclusivamente somente em pequenas frequências no oeste da Península Ibérica e na Anatólia Oriental-Geórgia. O modal encontrado nos haplótipos portugueses é claramente reconhecido pelo trio DYS 393=13, 390=22, 19=15 como condição provável do SNP M365+. Pesquisas realizadas nas amostras de ADN/DNA de populações de origem portuguesa, em Portugal continental, nos Açores e no Brasil apontam a existência deste raro marcador genético em cerca de 0,2 a 0,8% de qualquer amostra representativa de DNA português, não sendo encontrado na Meseta castelhana, na Catalunha, na Andaluzia ou no País Basco. Como o haplogrupo J1b M365+ entrou em Portugal e adquiriu semelhante frequência e distribuição ? Nenhuma outra população oriental apresenta o J1b M365+, nenhum caso encontrado em populações árabes ou judaicas, nenhum caso encontrado na África do Norte ou no Mediterrâneo. Apenas os dois extremos da Europa, a orla ocidental de Portugal e a Anatólia-Cáucaso verificam a presença desta linhagem genético-genealógica, o que pode ser uma identificação da migração alana para a Lusitânia e para o noroeste da Península Ibérica ? Talvez a sua distribuição possa se relacionar a algum fenômeno descrito pela passagem dos alanos em Portugal, uma exclusividade genética da população portuguesa no conjunto da Europa Atlântica, afinal foram alanos os primeiros reis do que se tornaria Portugal depois. Mais pesquisas são necessárias, mas a direção para a explicação dos M365+ em Portugal parece estar literalmente orientada !

Ricardo Costa de Oliveira

sábado, 17 de maio de 2008

O Nosso Leviatã, o Leviatã Português e o Leviatã Brasileiro



Império Romano
Conventus Bracarensis




Reino Suevo




Árabes e Mouros





Português contra Castelhano
Aljubarrota, 1385












Delimitando fronteiras





Monte Caseros, Buenos Aires, 1852



Guerra do Paraguai

Questão do Acre, 1903



Segunda Guerra Mundial





Integrar





sexta-feira, 9 de maio de 2008

O Brasil se imagina e se inventa na luta em Guararapes








Manoel de Barros de Araújo, 10º Avô, natural de Goiana, Pernambuco.


A família foi atingida pelas guerras holandesas, passando para a Bahia por volta de 1635. Passou para o Rio de Janeiro em 1643 para ocupar o posto de Capitão da Guarda do Governador Luiz Barbalho Bezerra. Coronel de Ordenanças em 1691. Cavaleiro Professo da Ordem de Cristo. Senhor do Engenho de Saracuna.


Conclui Diogo Lopes Santiago, que após duas ou três horas de luta titânica, sem quartel, Vieira "se foi unir e incorporar com André Vidal de Negreiros, Francisco Figueiroa e Antônio Dias Cardoso, e todos juntos foram apertando com o inimigo de tal sorte que o fizeram precipitar e despenhar por aquelas barrocas e grotas dos montes Guararapes, donde lhe fizeram grande estrago e mortandade, com que estava já toda aquela campanha dos altos e baixos dos montes lastrada e juncada de corpos mortos do inimigo, que era uma cousa horrenda e espantosa de ver tanta mortandade, tantas e tão espantosas feridas, tantos corpos sem cabeças, braços, pernas, uns já mortos, outros agonizando e lutando com a morte, outros revolvendo-se em sangue e muitos urrando e gritando com as ânsias e agonias mortais, não poucos dando e exalando o último suspiro".13O cenário realístico, pintado com cores vivas pelo cronista português, está bem de acordo com o relatório do oficial holandês, quando analisa a maneira de lutar das forças luso-brasileiras:Em referência ao combate acima relatado, observei principalmente duas particularidades que, em minha opinião, merecem bem atenção : em primeiro lugar, as tropas do inimigo saindo do mato e por detrás dos pântanos e de outros lugares tinham a vantagem da posição, atacavam sem ordem e em completa dispersão e aplicavam-se a romper diferentes quadrados. Em segundo lugar, as tropas do inimigo são ligeiras e ágeis de natureza, para correrem para diante ou se afastarem, e por causa de sua crueldade inata são também temíveis. Compõem-se de brasileiros, tapuias, negros, mulatos, mamelucos, nações todas do país e também de portugueses e italianos, que têm muita analogia com os naturais do país quanto à sua constituição, de modo que atravessam e cruzam os matos e brejos, sobem os morros tão numerosos aqui e descem tudo isso com uma rapidez e agilidade verdadeiramente notáveis. Nós, pelo contrário, combatemos em batalhões formados como se usa na mãe pátria, e nossos homens indolentes e fracos, nada afeitos à constituição do país; disso resulta que essas espécies de ataque com armas de fogo, como acima se trata, devem inevitavelmente tem bom resultado, e que rompendo nossos batalhões e pondo-os em fuga, matando-nos um maior número de soldados em perseguição do que teriam feito em combate mesmo. [...] Além disto as peças de artilharia de campanha não podendo ser apontadas sobre bandos ou grupos dispersos, tornam-se inteiramente inúteis, ou para melhor dizer, transformaram-se em verdadeiras charruas para o nosso exército, sem contar uma multidão de outros inconvenientes, muito numerosos para serem aqui apontados.14A segunda batalha dos Montes Guararapes foi um dos maiores fracassos da história dos exércitos holandeses. Enquanto as perdas do lado luso-brasileiro foram computadas em 47 mortos e 200 feridos, do lado holandês perderam à vida o comandante geral, Tenente General Johan van den Brincken, o Vice-Almirante Giesseling e 101 outros oficiais que, somados as demais perdas, perfaziam um total de 1.044 mortos e mais de 500 feridos. E foram tomadas muitas armas de fogo e grandessíssima quantidade de chuços e piques, de que vinham bem armados e providos contra as nossas espadas; porém não foram de nenhum efeito". No amanhecer no dia seguinte, relata o cronista, foram recolhidas no campo da batalha "dez bandeiras, seis canhões, muita pólvora, balas, munições e toda a mais bagagem, onde vinha muito de comer, com que se alentaram os nossos soldados. 15No depoimento de Joan Nieuhof (op. cit), "tanto na luta como na fuga, as nossas perdas ultrapassaram de 1.100 homens, entre os quais o Coronel Brink e quase todos os demais comandantes. Perdemos ainda 19 bandeiras bem como toda artilharia e munição que havíamos levado. Somente depois de cinco dias conseguimos permissão para enterrar os mortos que, já possessos de franca putrefação, devido ao calor causticante do sol, exalavam um cheiro nauseabundo, terrível".Essa foi a última tentativa que poderíamos ter feito em campo aberto. Todos os nossos cuidados futuros se concentrariam na manutenção e defesa do Recife, a menos que recebêssemos novos reforços da Metrópole

13 SANTIAGO, Diogo Lopes. Op. cit. p. 554.14 Relatório do Coronel Miguel van Goch, datado de 22 de fevereiro de 1649. Op. cit. p. 27-28.15 SANTIAGO, Diogo Lopes. Op. cit. p. 555.

http://www.pernambuco.com/diario/2004/01/19/especialholandesesf296_0.html

sábado, 26 de abril de 2008

Homens Bons e Ordenanças nas vilas





Homens Bons e Ordenanças

A estrutura basilar da colonização do Brasil foram as vilas.

Sesmarias, grande propriedade rural, oficiais das vilas (juiz, vereador, almotacel, escrivão) e patentes nas ordenanças militarizavam os moradores nas incessantes lutas contra castelhanos, estrangeiros, piratas, indígenas, quilombolas e elementos considerados como os bandidos da época. As famílias principais também forneceriam os padres das igrejas. O círculo do dominium se completava. A sólida base do Brasil se formava e se destinaria a se misturar com todos os outros ingredientes nacionais.

Homens Bons da vila de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco do Sul, 1780

Amaro de Miranda Coutinho, 6º Avô - Capitão
João Afonso Moreira, 6º Avô
João de Oliveira Cercal, 6º Avô
João Matias de Carvalho, 6º Avô, pai de Antonio Carvalho Bueno, 5º Avô, o último Capitão-Mor da vila em 1828
José de Miranda Coutinho, 5º Avô
José Gomes de Oliveira, 5º Avô - Alferes
Francisco Fernandes Dias, 6º Avô Capitão-Mor
Francisco Leite de Morais, 6º Avô Capitão
Manoel Gomes Galhardo, 6º Avô Capitão

E quase todos eram, ou se tornariam parentes na antiga vila !