domingo, 19 de janeiro de 2014

Guerra de 1777 na Ilha de São Francisco do Sul

Guerra de 1777. A maior armada espanhola dirigida para uma guerra nas Américas. A invasão da Ilha de Santa Catarina e a retirada das tropas Luso-Brasileiras para o continente. Na Ilha de São Francisco do Sul o Capitão-Mor Antonio Tavares de Miranda se retira desorganizadamente da vila e é contestado pelo meu antepassado, o Alferes José Gomes de Oliveira. Guerras contra o Império Espanhol e descendentes sempre definiram a conquista e formação do Sul do Brasil, desde as Grandes Bandeiras até a Guerra do Paraguai (1628-1870). Todas as operações, guerras e conflitos envolveram e estiveram relacionados também com meus antepassados e seus parentes no Brasil Meridional ao longo dos últimos 500 anos.

A ação do meu 5° avô (em varonia) José Gomes de Oliveira Galhardo 
Almanach de Lembranc̜as Luso-Brazileiro para o anno de 1870, página 134
Em 1777 outro capitão mór, cujo nome não tenho presente, atterrado pela noticia inesperada da invasão hespanhola, em vez de defender a ilha que lhe fôra confiada, convocou o povo, e dispol-o a fugir com elle; em caminho encontrou o alferes José Gomes de Oliveira Galhardo, que exprebando-lhe semelhante acto de covardia arengou ao povo e conseguiu voltar com este á villa, onde se preparou para a defeza. O bom do capitão-mór continuou a andar até o cume do morro das Larangeiras, que demora algumas milhas ao sul da villa, donde a vista alcança um raio de 15 leguas, e ahi tratou de fortificar-se. O trabalho insano exhauriu-lhe as forças, e quando foi chamado pelo vice-rei a responder a conselho de guerra, que lhe devia ser bem rigoroso, já estava na eternidade.
O Arcypreste Joaquim Gomes d'Oliveira Paiva
(Santa Catharina — Brazil).
O meu avô paterno José Gomes de Oliveira (1896-1937), engenheiro civil pela Mackenzie de São Paulo, trineto e homônimo do Alferes de 1777, José Gomes de Oliveira (1743-falecido depois de 1808), construiu trechos da rodovia entre São Francisco do Sul-Joinville e Itajaí, em 1929.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Língua Nacional Brasileira como Síntese do Povo Brasileiro

A língua portuguesa nasceu basicamente como a língua étnica do Minho. O Português é uma língua etnonacional em Portugal e o Português Brasileiro é uma língua etnonacional no Brasil. A língua portuguesa nasceu derivada do latim e das antigas línguas de origem celta no Noroeste da Península Ibérica. As invasões dos Suevos e Alanos organizaram uma primeira forma de Estado na região, com a Capital em Braga. A longa guerra contra o Islamismo forjou o Catolicismo Ibérico. A língua portuguesa surge como a expressão das gentes cristãs entre o Douro e o Minho. O seu destino acompanhou a formação do Estado e o projeto expansionista da sua gente. Foram as lutas de resistência contra Mouros e Castelhanos, durante séculos, que forjaram o espírito armado e belicoso da sua sobrevivência. A língua foi crescendo, se ampliando e multiplicando no rumo do Sul. Trata-se de uma língua conquistadora, colonizadora e incorporadora de novas gentes e novos territórios. A conquista e a colonização do Brasil marcam uma nova decisiva etapa na história da língua. A língua desenvolvida no Brasil sempre dependeu dos sucessos nas fronteiras. Língua de Homens arrojados e língua associada à expansão do cromossomo Y originário do Minho, o Português do Brasil também construiu a unidade étnica, cultural e política da Nação. O processo de incorporação e miscigenação com populações Ameríndias e Africanas foi uma das razões para a grandeza do Brasil. Os primeiros colonos portugueses, espanhóis e cristãos novos começaram a produzir a língua do Brasil com a presença nativa e negra. O Português do Brasil está geneticamente vinculado com a imensa maioria dos descendentes da população do Minho na época da criação do Reino de Portugal. Nós, os Brasileiros, somos os herdeiros do Império Português pela nossa genética, língua, economia, cultura e Estado. Os primeiros que chegaram da Europa no litoral brasileiro com a sua própria língua, suas próprias armas, instituições, religião e projeto geopolítico de expansão. A Masculinidade Colonial Brasileira pode ser medida pelas muitas dezenas de milhões de cromossomos Y, de origem Minhota ou Portuguesa, presentes nos Brasileiros de todas as cores e fenótipos. O Povo Brasileiro tem uma forte marca de origem nas linhagens masculinas guerreiras do Norte de Portugal, sempre falantes da língua Portuguesa nos últimos mil anos. A continuidade da língua, desde o período medieval, significou a constante evolução e incorporação de novidades ao longo dos diferentes espaços e tempos. O Português não teve o destino das outras línguas ibéricas (como o Galego, o Catalão e o Basco), ou línguas americanas (como as línguas dos Astecas, Incas, Mapuches) por uma razão geopolítica: o Português é uma língua armada com um Estado Nacional e soube bem se defender em sucessivas guerras na Península Ibérica e na América do Sul. O Português Brasileiro é uma língua incorporadora de novos léxicos e novas formas linguísticas, da mesma maneira que a genética brasileira se enriqueceu e diversificou com novas incorporações provenientes da América, África, Ásia e Europa. A história de Portugal e do Brasil é a história de suas fronteiras e suas guerras. Lutas contra mouros e árabes e lutas contra castelhanos na Península Ibérica. Lutas contra tupis e guaranis no Brasil, muitas vezes canibais, sempre significando a incorporação e absorção dos outros no nosso processo “civilizatório”. Guerras no Brasil contra franceses no Rio de Janeiro, São Luís e no Amapá. Lutas contra os holandeses e a WIC, que ocuparam metade do Brasil nas décadas de 1630 e 1640. Lutas contra piratas ingleses no litoral e nas bocas do Amazonas. Lutas constantes contra os castelhanos na expansão continental além do Tratado de Tordesilhas. O Uti Possidetis falava e escrevia no Português do Brasil. No século XX o Brasil participou da Guerra contra a Alemanha Nazista e a Itália Fascista. Tal como em outras guerras do Brasil, houve a guerra linguística real e simbólica, quando o Português Brasileiro enfrentou o desafio das línguas estrangeiras nos quistos estrangeiros e soube limitar as escolas étnicas, igrejas étnicas e associações estrangeiras anti-brasileiras no Sul do país.
A língua do Brasil, o Português Brasileiro, é uma língua miscigenada, misturada, diversificada e rica em formas e variedades, tal como o Povo Brasileiro é uma unidade do diverso, uma síntese de nossa história e genética. A língua presente na consolidação do grande diálogo nacional, a língua da democracia, da cidadania e do Brasil Grande Potência. Esta será mais uma luta, a luta pelo reconhecimento internacional do Português Brasileiro, uma herança e homenagem aos nossos antepassados construtores das bases iniciais do Brasil Moderno.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Famílias Brasileiras antigas e carreiras militares

Meus primos em linha paterna que seguiram a carreira militar no século XX. Descendentes do meu trisavô João Gomes de Oliveira, Capitão da Guarda Nacional, de Joinville e do meu trisavô, José Antonio de Oliveira, Coronel da Guarda Nacional, de São Francisco do Sul:

General Decio Gorrensen de Oliveira
General Numa Lobo de Oliveira
General Celso Numa de Oliveira
Almirante Leopoldo Francisco Correa Dias de Paiva
Coronel Aviador Flavio Eduardo Gomes de Oliveira
Coronel Aviador João Vitor Gugisch de Oliveira
Coronel de Infantaria Joaquim de Oliveira S. Thiago
Coronel de Infantaria Paulo S. Thiago Fernandes
Coronel de Infantaria Argos Gomes de Oliveira
Tenente Coronel Aviador João Carlos Gomes de Oliveira
Capitão Aviador Bernardo Stamm Gomes

Depois dizem que os catarinenses não gostam da cultura castrense !

A primeira sesmaria da minha varonia se chamava Areias Grandes ou Conquista (carta de data no Arquivo Nacional). Assentada próxima de sambaquis indígenas, como se verifica aqui neste mapa.

http://www.museusambaqui.sc.gov.br/museusambaqui/includes/mapa_expo.pdf

Quem batizou àquelas terras ancestrais com o nome de “Conquista” certamente tinha uma cultura bélica muito antiga e posteriormente transmitida aos descendentes até o século XX. Todos eram das ordenanças, gente armada muitas vezes até os dentes. Lamentavelmente tenho na minha genealogia alguns acidentes fatais à bala, tanto na parte paterna como na materna. Pelo lado materno a família da minha mãe também está repleta de militares, desde o meu bisavô, participante das revoltas tenentistas de 1924, em São Paulo (ele pessoalmente ocupou a manu militari o jornalão “O Estado de São Paulo” como censor durante a revolta inteira) e da gloriosa jornada de outubro de 1930. Pelo lado do meu bisavô Caldas eu tenho um primo, que foi da Força Expedicionária Brasileira na Itália, Tenente do exército. O meu 4° tio avô, o Coronel Frederico Carneiro de Campos, a primeira vítima brasileira do tirano paraguaio Solano López, cuja afronta significaria um furacão destrutivo naquela república. Sou parente em algum grau de muitos e muitos militares de alta patente no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e na Colônia do Sacramento. É o que eu sempre falo, o tamanho do território do Brasil foi do tamanho da nossa gente armada. Meu 4° Avô, Carlos Augusto da Rocha Freire, Capitão de Fragata da Marinha Imperial, combateu a Cabanagem no Grão-Pará. Pelo lado materno sou parente do Duque de Caxias pelos Amaral Gurgel e sou parente do Conde de Porto Alegre, pelos Azevedo Marques, família do meu 6º Avô, Manoel de Azevedo Marques, Capitão-Mor da Colônia do Sacramento em1752. O marechal Olímpio Falconière da Cunha, um dos comandantes da FEB na participação brasileira na segunda Guerra Mundial é parente distante dos Gomes de Oliveira. E por aí vai ...

domingo, 29 de agosto de 2010

O Estado Necessário. Geisel votou em Lula em 1994 ?


Consta que Geisel teria votado em Lula nas eleições de 1994. Simbolicamente seria a transmissão de certa tradição entre duas fases históricas do Brasil. A herança e a missão do nacional desenvolvimentismo. O Estado Nacional Brasileiro é uma das maiores organizações e instituições mundiais. É a maior obra produzida por muitas gerações dos falantes da língua portuguesa na América do Sul. Trata-se de uma tradição estatal iniciada por D. João III, nos primórdios do século XVI. O Brasil é o herdeiro de jure e de fato do Império Português. Nós somos os herdeiros, os descendentes do Estado e dos navegadores, que atravessaram o Atlântico e conectaram a Europa, a África, a Ásia e a América pela primeira vez. Tornamo-nos Colônia, Vice-Reinado, Reino Unido, Império e finalmente República Federativa. A nossa capital já esteve em Salvador, no Rio de Janeiro e passou para Brasília. Sobrevivemos, crescemos e existimos como sociedade e grupo étnico porque sempre tivemos um Estado estruturante. Foram decisivas as direções e gestões políticas de um Marquês de Pombal, um D. João VI, um José Bonifácio, um Marquês de Caravelas, um Duque de Caxias, um Rio Branco, um Oliveira Vianna, um Getúlio Vargas, um Golbery do Couto e Silva e agora um Lula da Silva na dinâmica do pensamento e na gestão estatal brasileira. Geisel e Lula governaram na longa duração da tradição da conciliação política brasileira, associando o arcaico e o moderno. Voltamos a crescer e a ganhar importância mundial nos últimos anos porque retomamos a nossa boa tradição. Somos pioneiros e destaque no plano energético mundial por dois motivos. O programa do álcool foi primeiramente desenvolvido pelo governo Geisel. No governo Lula houve a expansão dos veículos flex, com álcool e gasolina, o que acarretou uma nova fase dos biocombustíveis no Brasil. O álcool/etanol caminha para ser uma commodity internacional. Com Geisel a Petrobrás aprofundou a prospecção petrolífera marítima e desenvolveu as bases para a extração na Bacia de Campos. No governo Lula foi descoberto o Pré-Sal e se iniciou a sua exploração. O governo Geisel foi o primeiro a reconhecer a independência de Angola e estabeleceu fortes vínculos no Oriente Médio, especialmente com o Iraque. O governo Lula estabeleceu relações com os países da África, Ásia e América Latina, hoje com relações comerciais maiores do que as mantidas com os Estados Unidos e com a Europa. Se o Iraque era um símbolo da política externa de Geisel, o Irã é de Lula. Geisel ampliou a base hidrelétrica nacional nas obras de Itaipu e Lula a segue ampliando com as novas hidrelétricas na região Norte, com Jirau, Santo Antônio, Belo Monte e outras na integração da Amazônia. A ocupação e a colonização das novas fronteiras agrárias e pecuárias se destacaram nos dois períodos. Geisel fortaleceu as grandes empresas brasileiras no mercado nacional e no internacional. Empresas como a Engesa, a Avibrás, a Embraer, a Vale do Rio Doce, a Petrobrás, a nacionalização das telecomunicações. Geisel buscou a independência e a autonomia nuclear do Brasil, objetivo também seguido por Lula em várias áreas, inclusive na produção de submarinos nucleares, indispensáveis à moderna defesa dos mares. Empresas nacionais fortes e amparadas pelo Estado fizeram parte da agenda estratégica dos dois governos. Com Lula as empresas nacionais, com apoio do BNDES, passaram a uma nova etapa na sua globalização e internacionalização. Mais produção, mais consumidores. Empresas como a Gerdau, Sadia, Perdigão, Votorantim, Coteminas, JBS, Cosan, Embraco, WEG e outras ganham tamanho, se ampliam e promovem novas fusões em escala mundial. Um brasileiro, Eike Batista, entrou na lista dos mais ricos do mundo pela primeira vez. A importância mundial e o prestígio do Brasil crescerão com a Copa do Mundo e as Olimpíadas no país. O governo Lula promove forte crescimento econômico em 2010, com a diminuição das desigualdades e inclusão social. Dezenas de milhões de brasileiros saíram da pobreza, ingressaram na condição de consumidores e constroem a sua cidadania com o Estado e suas políticas sociais. O mercado interno cresce vigorosamente e as exportações cresceram de maneira acelerada desde 2002. Os investimentos em educação foram retomados, novas instituições públicas com ensino de qualidade foram criadas e ampliadas. A consolidação da democracia tornou-se uma realidade de uma nova sociedade aberta, plural, promotora de desenvolvimento e crescimento para todos. Respeito aos contratos e respeito às instituições. O Brasil Grande torna-se um sonho mais próximo.

Ricardo Costa de Oliveira
Sociólogo, Cientista Político.
Professor da UFPR

sábado, 24 de julho de 2010

Etnia brasileira, miscigenação brasileira

Toda ideia de raça e todas as etnias re­­presentam constructos históricos e políticos. Identidades também são invenções na forma de comunidades imaginárias. A existência de uma etnia é um processo social, econômi­­co, cultural, político e intelectual. As bases iniciais da formação da etnia brasileira encontram-se nos séculos 16 e 17. O encontro dos navegantes portugueses com os índios do litoral forjou uma nova camada étnica. As genealogias clássicas brasileiras demonstram a centralidade e a importância de um João Ramalho, um Caramuru, um Jerônimo de Albuquerque e muitos outros. A estátua de Arariboia guarda a entrada de Niterói, aliado supremo na conquista da Baía da Guanabara. No século 17 já eram protobrasileiros os senhores da formação do Brasil. Os bandeirantes representavam a rica miscigenação entre europeus, indígenas e africanos. Os bandeirantes dilataram as fronteiras do Brasil na luta contra o império espanhol. Os bandeirantes já eram um produto essencialmente brasileiro, síntese de múltiplas miscigenações. O teste decisivo na criação do Brasil foram as Guerras Holandesas. O exército que derrotou os holandeses foi um exército bem brasileiro, bem misturado e miscigenado. No livro Castrioto Lusitano está imortalizada a frase: “Os governadores de índios e negros, D. Antônio Felipe Camarão e Henrique Dias fizeram conhecer ao mun­­do que o valor não é herança senão excelência”. O Exército Brasileiro tem as suas raízes nas Batalhas de Guararapes, na luta pela integridade territorial do Brasil. O processo de formação da etnia brasileira, iniciado no período colonial, continua em evolução, crescendo e se fortalecendo ao longo dos séculos. Foram os nascidos no Brasil os que mais contribuíram para a conquista e a colonização da Amazônia, do Guaporé, de Mato Grosso, do Brasil Central, das disputadas fronteiras do Sul do Brasil. Um esforço gigantesco canalizado para a formação de um dos maiores países do mundo, em todas as dimensões. Com a Independência, o Brasil adota o jus soli, um generoso processo de recepção e absorção de novos migrantes e seus filhos à sociedade nacional já iniciada, com um Estado nacional, língua nacional, cultura e valores próprios. A etnia brasileira, síntese do povo brasileiro desde os séculos coloniais, lutou contra ameaças e inimigos variados da ordem e inimigos da grei brasileira miscigenada. Hoje relacionamos o tamanho do Brasil a todos os que o defenderam e contribuíram, com seus esforços e sacrifícios, para que o Brasil tenha as fronteiras que nós temos hoje. No século 20 a etnia brasileira soube se defender das ameaças e agressões do nazifascismo. Na conjuntura da Segunda Guerra Mundial foi bem conduzida uma campanha de nacionalização para integrar plenamente as comunidades migrantes ao conjunto nacional. O objetivo do desenvolvimento nacional, com avanços em todos indicadores da qualidade de vida, é uma tarefa para todos os brasileiros. Não é possível dividir os brasileiros, um povo essencialmente miscigenado e misturado, entre diferentes origens ameríndias, europeias, africanas e asiáticas. Nenhuma política racialista promotora de pequenos apartheids, em termos de políticas públicas, consegue resultados ao longo do tempo. Políticas racialistas só podem reforçar ideias racialistas ou racistas, privilégios inconstitucionais. A etnia brasileira é uma síntese universal da história brasileira e o racismo só pode ser desconstruído e combatido com o resgate da cidadania e políticas universais de com­­bate à pobreza. A nossa miscigenação, histórica ou consensual ao longo de mais de 500 anos, foi um dos fatores centrais para a existência do Brasil. Um país que deve ser cada vez maior e mais justo para todos, sempre com o esforço e a dedicação de todos.

Ricardo Costa de Oliveira, sociólogo, é professor da UFPR.
Publicado em 18/06/2010 na Gazeta do Povo, Curitiba.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Meu Parentesco com Grandes Militares Brasileiros: Marechal Olímpio Falconière da Cunha







Meu parentesco com o Marechal Olímpio Falconière da Cunha, natural de Itajaí, Santa Catarina

(último à direita na foto histórica do Alto Comando da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial, Itália).






Em setembro de 1944, seguiu para a Itália, comandando o 3º Escalão da FEB. No mês seguinte, foi nomeado inspetor geral das forças brasileiras, cargo destacado do ponto de vista administrativo.



1Alferes José Gomes de Oliveira, natural de São Francisco do Sul, nascido por volta de 1743.

1-1Manoel Gomes de Oliveira casado com Ana Joaquina de Santa Ana

1-1-1José Faustino Gomes casado com Mathildes Gertrudes Müller , irmã de Lauro Müller

1-1-1-1 Minervina Clara Gomes, nascida em 1871. Casou-se com Manoel de Souza Cunha, nascido em 1861 , avós do Marechal Olímpio Falconière da Cunha



O Alferes José Gomes de Oliveira é meu 5° avô em linha diretamente masculina.



Fontes : Os Gomes de Oliveira, inédito, Antonio Roberto Nascimento, mensagens de Niels Deeke na lista SC-GEN e minhas próprias pesquisas.

Meu parentesco com Grandes Militares Brasileiros: Conde de Porto Alegre


Meu parentesco com o Conde de Porto Alegre

NICOLAU DE SOUZA FERNANDO, * Valongo (São Mamede) bisp. Porto, Portugal (M2.º, 16v) 6.11.1667 (bat. 8.11.) e † Colônia Sacramento antes de 1742, filho de Antonio de Souza, o velho, ou o Fernando, e de Margarida Antonia. Casado São Mamede de Valongo (M3.º, 238) 5.12.1689 com sua prima em 4.º grau Ana Marques, * São Mamede de Valongo (M2.º, 41v) 20.3.1671 (bat. 30.3. ) e † Colônia Sacramento (2.º, 50) 30.6.1742, filha de João Pinto e de Ana Marques.

I-1. Maria Marques de Souza, * Valongo (S. Mamede M3.º, 28v) 2.9.1691 (bat. 2.9.) e † Colônia Sacramento (2.º, 11v) 17.5.1736, casada no Porto (Cedofeita M2.º, 275v) a 12.4.1717 (nos quartéis da Torre da Marca aguardando navio para a Colônia) com José de Azevedo Barbosa, * Arrifana de Souza (São Martinho M2.º, 90) (hoje cidade de Penafiel) a 2.8.1693 (bat. 9.8. ) e † filho de Jeronimo Barbosa e de Maria de Azevedo.

II-5. capitão Manuel de Azevedo Marques, * Colônia Sacramento ca 1725 e † casado 1.ª vez Colônia Sacramento (2.º, 46) 12.10.1753 com. sua prima irmã Ana Marques Vitorina, * Colônia Sacramento (2.º, 2v) 2.10.1735 (bat. 1.11) e † Colônia Sacramento (3.º, 48v) 6.6.1760 filha de Antonio Simões e de Quiteria Marques. Casado 2.ª vez com Rita Josefina de Jesus, * Minas Gerais e † Rio de Janeiro ?. 7.1822.

I-10. Quiteria Marques, * Valongo (M4.º, 30) 15.10.1712 (bat. 18. 10) e † Gravataí 24.4.1791, casada l.ª vez Colônia Sacramento (2.º 9 ) 10.8.1726 Antonio Simões, * Milhardo (São Miguel) arceb. Lisboa (B1.º, 1) bat. 26.2.1690 (no lugar de Calvos) e † Rio Grande 31.5.1758, filho de Simão Fernandes e de Maria Lourença.

II-1Tenente-General Manoel Marques de Souza. Assentou praça em 1770. Com a tomada da Colônia pelos espanhóis vai para Rio Grande. Participa como Coronel das incursões de D. João na Banda Oriental em 1811-1812. Em 1816-1820 lutou contra as tropas de Artigas na linha do Jaguarão-Chuí. Fiel súdito da família real contra o levante do Porto e seus correligionários no Brasil. Partidário de D. Pedro e da independência do Brasil.

III-1 Brigadeiro Manoel Marques de Souza. Nasceu em 1780 em Rio Grande e serviu com o seu pai nas campanhas de 1811-1812. Participou com destaque nas campanhas de 1816-1820, tendo capturado o Forte de Santa Tereza, aprisionou Artigas e derrotou Rivera. Foi ferido na batalha de India Muerta. Aderiu a Independência. Morreu envenenado em 1824. Não casou, mas teve vários filhos reconhecidos.

IV-1Tenente-General Manoel Marques de Souza. Nasceu em 1805. Assentou praça em 1818 com treze anos. Participou da guerra de 1827-1828 em Ituzaingó e em Camaquã. Foi promovido a Major por bravura. Essa guerra significou a independência do Uruguai, reconhecido pelo Império e pela Argentina. Tenente-Coronel promovido por atos de bravura contra a revolta dos Farrapos na defesa de Pelotas, na restauração de Porto Alegre e no combate da Várzea do Varejão 1836-1838, 1841. Brigadeiro em 1852. Marechal de Campo em 1852, Grande do Império e Barão de Porto Alegre. Comandou as tropas brasileiras na batalha de Monte Caseros contra Rosas e desfilou em Buenos Aires ao lado das tropas da aliança vitoriosas. Comandante em Chefe do Exército no Rio Grande do Sul durante a invasão paraguaia de 1865. Comandante do II Corpo de Exércitos no Paraguai em 1866. Participou da batalha de Curuzu, de Curupaiti e de Tuiuti na Guerra do Paraguai, a pior guerra entre países da América do Sul. Visconde e Conde de Porto Alegre. Ministro da Guerra. Deputado Geral. Faleceu em 1875 no Rio de Janeiro. Casou duas vezes com geração.

II-5 Capitão-Mor Manoel de Azevedo Marques c.c. Rita Josefa de Jesus (2° esposa)

III-1 Antonio Mariano de Azevedo c.c. Joaquina Rosa. III-2 Ana JoaquinaIII-3 Maria Theodora de AzevedoIII-4 João Mariano de Azevedo

III-5 José Manoel de Azevedo, nascido aos 17/6/1783 no RJ, c.c Ana Joaquina da Costa Barros.Faleceu aos 17/12/1813 no RJ.IV-1 José Manoel da Costa Barros e Azevedo c.c. Henriqueta Carneiro de Campos. Resumo do assento de batismo de meu 4° avô José. Batizado aos 29/10/1810 na Freg. da Candelária, Rio de Janeiro. F. leg. do Oficial da Secretaria de Estado dos Negócios do Reino José Manuel de Azevedo e de Dona Ana Joaquina da Costa Barros, ambos naturais do RJ. Neto por parte paterna do Capitão-Mor Manuel de Azevedo Marques e de Dona Rita Josefa de Jesus, natural do Serro do Frio de Minas Gerais. Neto pela parte materna do Capitão José da Costa Barros e de Dona Ana Joaquina Grugel do Amaral, ambos naturais do RJ.
V-2 José 17/5/1835. Faleceu 16/10/1851

V-3 Manoel 31/10/1836- 7/5/1858

V-4 Cornélio. 2/1/1838. General do Exército c.c Thereza Delfina de Azevedo Segurado.

VI-1 José Carneiro de Barros e Azevedo c.c. Julieta Lima.

VII-1 José Philadelpho. Prefeito do Rio de Janeiro, Ministro do Supremo Tribunal Federal, Juiz do Tribunal de Haia. Figura mais ilustre desta família no século XX http://www.stf.gov.br/ministros/republica/republica.asp?cod_min=93Foi casado com Vera Leite Ribeiro GuimarãesVIII-2 Gilda de Barros e Azevedo,nasceu no RJ em 5/7/1921, c.c. Hanns-Christoph Becker von Sothen, diplomata alemão.Gilda é advogada e genealogista. Membro do CBG.

V-5 Frederico 11/5/1839- 8/12/1854

V-6 Elvira 28/8/1840- 17/1/1862

V-7 Henrique 18/9/1843- 4/4/1863

V-8 Manoel 25/1/1838V-9 Alfredo 26/7/1850

V-10 Carlos 5/5/1854. Bacharel em Direito.

V-11 Henriqueta 23/4/1857. Batizada na freg de São José, RJ, aos 8/11/1857. Casada com Joaquim Sigmaringa da Costa aos 6/6/1880 na freg. de Santana, RJ. Meus trisavós.

IV-2 Rita Ezequiel de Azevedo c.c. Francisco da Costa Barros (seu tio materno)

IV-3 Maria Amália de Azevedo c.c. Benjamim Carneiro de Campos

Fonte : Manuscritos e Lembranças de família de José Manoel de Azevedo de 1813 e continuados pelo seu filho José Manoel da Costa Barros e Azevedo. Notas Genealógicas e Biográficas da Família Azevedo Marques. Maximo de Azevedo Marques. Revista Genealógica Brasileira. 4, 1941.

Ricardo Costa de Oliveira