sábado, 26 de abril de 2008

Homens Bons e Ordenanças nas vilas





Homens Bons e Ordenanças

A estrutura basilar da colonização do Brasil foram as vilas.

Sesmarias, grande propriedade rural, oficiais das vilas (juiz, vereador, almotacel, escrivão) e patentes nas ordenanças militarizavam os moradores nas incessantes lutas contra castelhanos, estrangeiros, piratas, indígenas, quilombolas e elementos considerados como os bandidos da época. As famílias principais também forneceriam os padres das igrejas. O círculo do dominium se completava. A sólida base do Brasil se formava e se destinaria a se misturar com todos os outros ingredientes nacionais.

Homens Bons da vila de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco do Sul, 1780

Amaro de Miranda Coutinho, 6º Avô - Capitão
João Afonso Moreira, 6º Avô
João de Oliveira Cercal, 6º Avô
João Matias de Carvalho, 6º Avô, pai de Antonio Carvalho Bueno, 5º Avô, o último Capitão-Mor da vila em 1828
José de Miranda Coutinho, 5º Avô
José Gomes de Oliveira, 5º Avô - Alferes
Francisco Fernandes Dias, 6º Avô Capitão-Mor
Francisco Leite de Morais, 6º Avô Capitão
Manoel Gomes Galhardo, 6º Avô Capitão

E quase todos eram, ou se tornariam parentes na antiga vila !

sábado, 19 de abril de 2008

Bandeirantes e Bandeirantismo



O fenômeno do bandeirantismo representa uma das principais forças originais na formação da sociedade brasileira. Fenômeno de miscigenação desde o seu nascimento, no encontro Tupi e Português da fundação de São Paulo de Piratininga, o bandeirantismo faz parte do que Euclides da Cunha já denominou "o único aspecto original da nossa história" e fato inédito nos anais da história universal nos trópicos. O monumento da Nobiliarquia História e Genealógica e a Genealogia Paulistana descrevem os itinerários e processos familiares, desde o encontro de Tibiriçá com João Ramalho, criando o núcleo das estruturas de poder do Centro-Sul do Brasil. A genealogia das famílias principais dos fundadores e pioneiros das centenas de vilas criadas pelos bandeirantes e seus descendentes forma a imensa rede coletiva de parentesco do Brasil Meridional.
Tibiriçá, 16º Avô

João Ramalho, 15º Avô




Amador Bueno, 10º Avô, São Paulo em 1641

Amador Bueno, o Moço, integrante da Bandeira contra o Guairá, em 1629, chefiada por Raposo Tavares, "Temos de expulsar-vos de uma terra que é nossa, e não de Castela".

Manoel Pires, 12º Avô, Batalha de Mbororé, 1641
Desenho de "Herencia Misionera"

Mateus Martins Leme, 9º Avô, Fundador de Curitiba, 1693
Em 250 anos o Brasil é levado para as fronteiras do Pampas no Sul, para o Rio Paraguai, no Mato Grosso e os litorais, os planaltos meridionais, os planaltos mineiros e Goiás começam a ser colonizados e ocupados. Até na Amazônia as bandeiras chegam ! Gesta incomparável feita por brasileiros de todas as origens. Índios são escravizados e assimilados à sociedade brasileira, os espanhóis são afastados e recuam para longe. O Brasil em 1750 é a mais expansionista e dinâmica sociedade na América, mesmo a América Inglesa do Norte, ainda sem as massas de imigrantes e sem as ferrovias, ainda é pequena e mal ultrapassa os Apalaches. Os bandeirantes são brasileiros, mestiços, índios e escrevem uma das maiores páginas de conquista da história universal. O Império espanhol reconhece o uti possidetis dos bandeirantes no Tratado de Madri de 1750, em boa parte escrito com a contribuição do negociador brasileiro Alexandre de Gusmão. Das caravelas nas imensidões atlânticas para as bandeiras nas imensidões dos sertões brasileiros, um dos países gigantes do planeta está surgindo !